Só quem foi sabe do que estamos falando, afinal é uma das experiências onde o descrever pode até levar o imaginário a desenhar algo parecido, mas a real vivência em passar uma noite em um dos topos da Chapada é aquela típica coisa que só mesmo indo para ver de qual é.

As cores e luzes do fim do dia e de um amanhecer dão um toque especial em todo o belo cenário da Chapada dos Veadeiros, ao fundo o Jardim de Maytrea, o Morro da Baleia, lá longe o Peito de Moça, a borda do Parque Nacional dos Veadeiros e lá ao fundo, onde a vista alcança, as Serras de Cavalcante. Do outro lado tem o Vale Verde, Serra da Boa Vista o Vale do São Miguel e muitos outros rincões desta imensidão que não enjoamos de admirar e até confessamos que temos um certo vício em vivenciar tudo isso.
Pra chegar ao topo a trilha é boa, daquelas que coloca os joelhos para trabalharem e muito.
São 3Km e um ganho de altitude de quase 600m, mas o que pega é o peso da mochila e o equilíbrio em trechos íngremes e a ainda a parte de pedras escondidas no mato que para uma torção com pisar em falso é ‘2 tempinhos’.
É uma trilha curta, porém técnica e que qualquer descuido é certeza de dá ruim. Requer atenção e força nas pernas.

Aventureiras e aventureiros espertos e sagazes para viver esta vida maravilhosa estiveram presentes em mais edição na Noite no Topo.
A galera sempre se encontra em São Jorge onde rola até uma noite de camping, aquele rolézinho na Vila e no outro dia é que a aventura começa. A ideia é sempre subir para pegar o pôr do sol, mas antes disso tem que armar o acampamento, já se preparar para o frio e escolher uma boa pedra para assistir ao espetáculo de mais um fim de dia. A noite o show é por conta das estrelas, das luzes, do ficar vagando por horas e horas observando tudo aquilo e por um bom tempo até esquecer de um monte de coisas.
O frio faz parte é dá um clima que até gostamos, o vento sacode a barraca e a noite passa manhosa tentando se esquentar em camadas de roupas e dentro de um saco de dormir.
Cedinho ainda no escuro um relógio desperta, sempre ela, Carolzinha levanta e tentar acordar o camping para que todos possam assistir ao show do nascer do sol e trazendo com ele mais um dia. As luzes e cores são diferentes do pôr do sol e o Morro da Baleia ainda faz uma sobra que aos poucos vai descobrindo o majestoso Jardim de Maytrea.
Show à parte, café da manhã tomado e camping desmontado, sem pressa alguma e curtindo todo o visual o grupo desce o Topo da Chapada.
A chegada no ponto de apoio é sempre uma comemoração, afinal aquele lugar traz um aconchego, um pouco de civilização onde alguns comemoram tomando uma breja gelada, outros uma coca-cola, outros um suco e alguns ainda umas lapadas de pinga e/ou licor artesanal Chapadense.
Depois disso tudo que vivenciamos ainda fomos tomar um banho de cachoeira para dar aquela lavada na alma e tirar o suor ou o grude de uma subida e descida de morro.

Obrigadão de coração para essa turma maneira que marcaram presença em mais uma noite fabulosa no topo da Chapada. Valeu d+ galera!!

Já percorremos outras trilhas por esta região e realizamos tais feitos:
- Nossa primeira visita ao Morro da Baleia, onde conhecemos a Cachoeira da Bailarina;
- Já subimos o Morro do Buracão em um bate e volta ‘hard e ligeiro’;
- Pegamos o Sol nascendo lá de cima do Morro da Baleia;
- Nossa 1ª noite no 2º pico mais alto do estado Goiano.

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Relato: Flávio Martins Santos

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