O Morro da Baleia é um dos destaques entre os inúmeros atrativos turísticos da Chapada dos Veadeiros. Chama a atenção de quem passa pela estrada que liga Alto Paraíso até São Jorge. Fica encravado ao lado do majestoso Jardim de Maytrea, aos fundos do Rancho do Seu Valdomiro e quem sobe nas costas da Baleia consegue ter uma visão 360 graus da bela e imensa Chapada.
Depois de realizarmos a subida de dia no
Mestre Jonas 1, voltamos agora para assistir ao espetáculo do nascer do sol, lá de cima da Baleia.
Sexta feira o grupo foi chegando em São Jorge, lá na nossa base, o Camping Kalabura.
Foi só o tempo de chegar, arrumar o acampamento e as tralhas, realizar uma boa refeição e dormir cedo para a subida que seria ainda no escuro, na madrugada de sábado.
Como planejado partimos para o Morro da Baleia as 3:10 da ‘madruga’, chegamos na fazenda onde deixamos os veículos, um briefing em voz baixa e partimos para a trilha no escuro da madrugada.
O céu estrelado contrastava com a silhueta do Morro da Baleia que ficava mais forte a medida que aproximávamos da subida.
A trilha é curtinha, mas no escuro o ritmo é outro e requer cuidado redobrado para evitar acidentes. As lanternas eram pontos luminosos que vagavam em meio ao breu de uma escadaria rumo as costas da Baleia.
Passando a escadaria e percorrendo o último trecho onde chega no platô virado para leste, sentamos e outros deitaram apoiados nas mochilas, uma gigantesca arquibancada natural e com o ventilador e ar, ligados no 12!
O cenário é surreal, as estrelas, as inúmeras cadentes que passaram, a via láctea, as luzes ‘estranhas’ e das cidades que ficam a quilômetros e que fazem bolsões de luz no céu. Estava bem frio, época de maio e aquele clima de inverno do cerrado estava bem forte. O vento aumentava e muito a baixa sensação térmica, rolando até uma tremedeira.
Ficamos ali deitados e aos poucos o céu foi sendo tingido de um laranja fogo, a claridade foi aumentando e o cenário ao redor dando as caras, como estivesse abrindo uma cortina. Nos primeiros minutos de luz ficamos ali avistando aquela imensidão que não conseguíamos enxergar antes.
Com a claridade boa seguimos pela trilha da Baleia até o lado oeste, onde sentamos para tomar o nosso café da manhã virado para o Jardim de Maytrea. O cenário de todos os lados da Baleia é animal, e deste ponto além do jardim tem o Morro do Buracão e a vastidão do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
Café passado e tomado, deu até uma esquentada. O sol ainda fraco tentava ajudar no calor, mas o que aqueceu mesmo foi a trilha de volta. O caminho de volta podemos ver a trilha e todo o cenário com outros olhos, afinal já estava bem mais claro de quando subimos o morro. Rapidinho chegamos aos carros e fomos surpreendidos pelo Violeiro do Cerrado que tocou duas modas de viola para o grupo, com letras que destacam o valor do cerrado e toda sua riqueza.
Partimos do Morro da Baleia e deixamos a certeza de voltar para outras aventuras neste lugar de beleza diferenciada.
No caminho entramos para ir pegar uma cachoeira lá na Bonaespero e como era esperado a ‘cachu’ estava só para o grupo, sem ninguém mais. Afinal a Bonaespero ainda fica fora dos roteiros do turismo de massa.
Marcamos um bom tempo lá, esquentamos o esqueleto no sol que ainda sentia o frio do vento gelado da madruga e lá do alto da Baleia. Depois do calorão atingir o nível da coragem para dar um mergulho foi o momento da coragem, a água estava trincando, mas nada que fizesse a galera desistir.
A fome de comida de verdade veio chegando e rumamos então para matar a fome com aquele rango extra forte lá do Rancho do Valdomiro. Depois de uma pratada daquele só o foi o tempo de retornar para o camping e tirar um ‘super mega power’ cochilo.
A noite foi livre assim como o domingão...
Nosso agradecimento as aventureiras e aventureiros que estiveram nesta viagem que sem dúvidas não sairá de nossas mentes. Um salve ao Mestre Jonas e as aventureiras e aventureiros: Vera, Vinicius, Diego, Danilo, Arthur, Gracélia, Ana Carolina, João, Neuzimar e Henrique
Aos parceiros: Alex Gomes, Úrsula e ao Camping Kalabura.
Fé e força na pisada sempre!!
Além das viagens e cursos preparatórios para as nossas aventuras, também proporcionamos treinos, caminhadas e workshop's gratuitos e exclusivos para os participantes do grupo
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Relato: Flávio Martins Santos
> Aventuras > 2022 > Nº176