MACACO, SANTA HELENA E PONTE DE PEDRA
O dia mais puxado, uma distância de quase 60Km até o escondido e bem guardado Vale do Macaco, totalizando mais de 120Km percorridos. Típico local que se for, vá com guia!
Depois de um bom tempo de estrada de terra passando por belas paisagens, esbarrar com um casal de veados galheiro chegamos na região do Macaco. Deixamos os carros e depois de uma breve caminhada já estávamos no alto da cachoeira. Aquela paradinha para fotos, uma cascata antecede o grande salto que abre o Vale do Macaco, onde o rio sai cortando aquela mata bem preservada.
Partimos então para a trilha da descida até o poço, e por quase não passar ninguém nosso guia Darquim ia abrindo caminho com o facão e estudando a melhor forma de descer. Por conta das chuvas e ventos muitas arvores e galhos estavam no chão, e já no barranco do rio o ponto de descida havia desbarrancado, desta forma tivemos que arrumar outro ponto de descida. Percorrer trilhas desta forma onde temos que abrir trilha, cortar mato e descobrir acessos levam bastante tempo e mesmo sendo uma curta distância demoramos um bom tempo para chegar.
E que chegada fenomenal, um forte vento anuncia que ali é que despenca a Cachoeira do Macaco. Um paredão com uma bela vegetação emoldura o cenário e ficamos ali meio que pasmos com tanta beleza. Entrar ou não entrar no poço? Tanta faz, o vapor de água refresca de qualquer jeito. Ficamos ali um bom tempo e decidimos voltar, agora seria a subida que mesmo curta tem um esforço bom por conta da inclinação.
De volta passamos nas Corredeiras Santa Helena, que por ter acesso fácil é um dos points da população e chegando lá já demos de cara com uma galera. O local é grande, são vários poços e cascatas, então o melhor é arrumar um bom lugar e ficar curtindo. Uma larga cascata forma um poção e é ali o local mais frequentado. Ficamos por horas curtindo cada lugarzinho, subindo o rio tem o encontro de dois riachos, um de água morna e outro mais gelada, ai você escolhe a temperatura.
De volta pelo caminho paramos na Ponte de Pedra, um formação rochosa que de fato serve de ponte na entrada de uma fazenda. Alguns poços para banho e mais em baixo uma cascata com um bom poço para banho. O grupo ficou ali por um bom tempo, um café, uma mordidinha amigável de cachorro e retornamos para Piranhas. Antes de ir matar a fome na Cantina da Vovó passamos no hospital para medicar nosso amigo Walflan se não poderia acabar se tornando vira-lata de fazenda em noite de lua cheia. Mais um dia vencido com belas paisagens, muita aventura e o melhor de tudo, boas companhias. E para fechar a noite mais uma noite na Cantina da Vovó e aquela confraternização dos aventureiros cansados, porém felizes.
Relato: Flávio Martins Santos
> Aventuras > 2018 > Nº121 - Parte 2