Noite no Topo


 Região: Chapada dos Veadeiros
 Local: São Jorge - GO
 Data: 21 a 23/07/2023


Passar a noite acampados em um dos pontos mais altos da Chapada dos Veadeiros com certeza é uma experiência única. Não só pelo visual surreal, ou pelo céu que divide o tempo em atos, como o entardecer seguido pelo belo pôr do sol, a noite que logo chega dando seu show estrelado e até luzes misteriosas, o sol nascendo quem sempre traz outras variações de cores. A natureza é um caso que poderíamos ficar por horas descrevendo, tem o cerrado, a florada da estação, os morros, picos, veredas e tudo o que nos cerca... lá de cima a Chapada é mais linda ainda. A trilha é um espetáculo à parte e consideramos como uma das mais belas da região. Tem boas e íngremes subidas, nada que os nossos passos firmes e fortes não possam vencer a subida do Morro.

Já percorremos outras trilhas por esta região e realizamos tais feitos:
- Nossa primeira visita ao Morro da Baleia, onde conhecemos a Cachoeira da Bailarina;
- Já subimos o Morro do Buracão em um bate e volta ‘hard e ligeiro’;
- Pegamos o Sol nascendo lá de cima do Morro da Baleia;
- Desta vez dormimos no alto do 2º pico mais alto do estado Goiano.

Galera boa de trilha, firmes, fortes e já acostumados com nossas andanças.
Chegamos na simpática Vila de São Jorge e ainda curtimos um ‘rolézinho’, tomamos um caldo saboroso, estava rolando um som por vários cantos da Vila, afinal acontecia o Encontro de Culturas, mas o sono era primordial para uma boa trilha no dia seguinte.

No outro dia reservamos um tempo para os últimos ajustes nas tralhas, um café da manhã reforçado, um almoço mais ainda, porém sem exageros para não pesar na subida.
Antes de partimos para a trilha ganhamos uma cantoria da mais alta qualidade e uma boa música do Paulo Córdova, que com aquele som emanou boa sorte para nossa jornada.
Valeu Paulo!!

Seguimos então para o início da trilha e ao longo da estrada já íamos observando aquele gigante morro deitado na Chapada.
Mochila cargueira nas costas, últimos ajustes e começamos a subida. Aquela velha e boa pisada de um passinho de cada vez, sem pressa, ir apreciando tudo, do vento, dos cheiros, dos sons e o visual que a cada passo, degrau, morrote, ou curva, traz sempre uma beleza única.
Só não pode vacilar em ficar deslumbrando tanta beleza para não perder o ‘time’.
Depois de subir e muito, chegamos no platô onde montamos o acampamento.
Sem demorar muito partimos para o lado oeste do Morro para assistir o sol se pondo.
O visual da Chapada, o Jardim de Maytrea, a Baleia e tudo mais foi variando com as cores douradas de um entardecer e escurecendo ligeiro com o chegar da noite.
A noite foi o tempo de preparar aquele jantar especial, sentar e ficar babando com milhões de estrelas, as cadentes, satélites e outras luzes que não conseguimos identificar. Esta foi a nossa tela por horas e horas e até o sono chegar.
Acordamos para ver o sol nascer, afinal é outro espetáculo que o lugar proporciona.
A luz vem mostrando o gigantesco cenário, a passarada vai acordando, um café vai sendo coado na hora e a vida segue.
Sem pressa alguma desmontamos o acampamento, arrumamos as cargueiras, agradecemos pela noite maravilhosa, ao Morro que foi nosso abrigo e iniciamos a descida.
A volta é mais rápida do que a ida e rapidinho chegamos de onde partimos. Fomos para São Jorge, saciamos nossa fome com um saboroso almoço e retornamos para casa com o objetivo concluído, alma mais leve, corpo cansado e uma outra percepção não apenas da Chapada.

Nosso agradecimento de coração as aventureiras e aventureiros que estiveram nesta viagem especial.
Ao nosso parceiro e braço direito na região, Alex Kalabura, Tuti do Hostel Mangabeira, Paulo Córdova pelo som e a Dona Val pelo rango saboroso.
Até a próxima e vamos em frente que o caminho é longo!!

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+ informações: (61) 98232-7436

Relato: Flávio Martins Santos




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