3º JAMBOREE


 Região: Fazenda Barra do Dia - GO
 Locais: Cachoeira da Lydia, Benjamin e Porteira
 Data: 10/07/2006

Bem antes das ONG´s ou até mesmo da palavra Ecologia se tornar um habito, um grupo de pessoas já vinha desempenhando papel fundamental na sociedade em respeito à comunhão entre homem e natureza. O escotismo nasceu em 1907 pelo General Inglês Baden Powell, aqui no Brasil foi trazido no dia de 17 de abril de 1910 por militares que retornaram da Inglaterra onde conheceram e ficaram entusiasmados com sua forma de educação.
Com tanto tempo de atividade, hoje, de certa forma, o escotismo anda um pouco esquecido. O mundo moderno trouxe para as pessoas uma variedade enorme de atividades e para as crianças tais atividades exercem papel de esquecimento dos velhos hábitos, brincadeiras e formas de convivência social.
Questionamos entre os amigos sobre quem já tinha sido escoteiro, se conhecem algum amigo escoteiro que frequente as reuniões ou que simplesmente sabem de alguma criança que desenvolva tal atividade. Depois destes questionamentos recorremos a um único amigo escoteiro e que ainda está na atividade. Aproveitamos suas respostas e somamos com a data do III Jamboree, um encontro nacional de escoteiros onde notamos a força dos participantes que, juntos não deixam esta antiga prática de civilidade acabar.

De longe avistávamos a poeira do estradão sendo levantada e do jeito que subia parecia que vinha uma estourada de gado. Quando apareceu no horizonte eram 1, 2, 3, 4, tantos ônibus que tive que buscar um ângulo melhor para enquadrá-los na foto. Foram estacionando de forma que fizeram um pátio, e do alto de um trator dava para perceber o numero de pessoas. A organização dos escoteiros é algo que devemos ressaltar pois, independente de idade ou sexo todos formam filas e obedecem aos chefes. Depois de serem divididos em quatro grandes grupos denominados: Fogo, Vegetação, Fauna e Água; cada um participou de atividades diferentes dos outros.

Com o Jamboree, visitantes de todos os cantos do Brasil estiveram presentes na Barra do Dia. La aprenderam sobre a vegetação local e a importância da água para o nosso planeta, além de trilhas, rapel e escalada que foram realizados na cachoeira da Porteira. Depois de terem feito as atividades a galera ainda tinha pique para curtir a piscina, fazer alguns jogos e brincadeiras. No fim do dia todos embarcaram de volta à Brasília, tendo como destino o Parque da Cidade. No 2º dia outros escoteiros vieram participar das mesmas atividades que o grupo anterior realizou, a única diferença foi a inclusão de mais um “elemento da natureza” para a realização das atividades, este foi denominado de Detrito e realizaram o circuito de técnicas verticais (escalada e rapel), depois partiram para uma subida ao mirante. Outros grupos seguiram por caminhos diferentes, como a cachoeira Lydia, Dãozinho e um circuito por cima dos morros. Depois de mais um dia de muitas atividades todos voltaram para Brasília e curtiram até o dia 21 de julho um encontro com pessoas de vários lugares, idades e culturas.

Depois de observar os grupos de escoteiros neste encontro, ficou claro que o Escotismo tem força e público mais diversificado do que pensávamos. Notamos também que a região sul do país estava presente em peso mostrando que entre os estados era o que mais possuía representantes. Depois de algumas conversas concluímos que uma nova geração vem abrindo os olhos e criando interesse pelo Escotismo. Alguns pais jovens afirmam que estão buscando grupos e orientação para colocar os filhos neste caminho. Muitos afirmam que pelo fato de gostarem de acampar ou praticar esportes ao ar livre, já querem acostumar os filhos a este meio. Os encontros costumam ser realizados nas manhãs dos fins de semana.

Alguns pais usam o Escotismo como uma atividade extra disciplinar onde as crianças são bem cuidadas e monitoradas, aprendem sobre cidadania, meio ambiente, a se virar no mato e ainda gastam suas energias. Então deixamos a dica para os pais aventureiros, esportistas ou simplesmente aos pais que querem ver os filhos já familiarizados com a natureza. Vale a pena e seu filho vai agradecer!


Relato: Flávio Martins Santos

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