Barragem do Paranã


 Região: Vale do Paranã - GO
 Local: Rancho do Saruê
 Data: 06/10/2013

O Rio Paranã foi represado seguindo o Projeto de Irrigação de Flores de Goiás iniciado em 1997. A barragem do Paranã já está 100% concluída e mudou bastante a cara da região. Com formações de grandes alagadícios, tornou-se o habitat ideal para um dos peixes mais cobiçados da região, o Tucunaré. Para averiguar esta conversa subimos o vale para uma pescaria de três dias.
No carro, eu, Joelson e Bruca. Chegamos então ao rancho, local rodeado por arvores e uma casa de madeira onde seria nossa base. Por volta das 10 da manhã estávamos colocando o barco na água, tudo no jeito, e partimos então pelo rio até chegar na barragem. Sol ja estava forte e as estruturas ao lado eram plantas baixas, sem as famosas pauleiras formando um capinzal. Quando sai do rio, neste ponto a barragem se divide em dois rumos, pelo lado direito de quem entra na lagoa leva-se ao lado da barragem. O outro lado vai beirando o lago do paredão do Paranã.
Subimos beirando o paredão até quase na outra ponta parando em um ponto conhecido como Jequitibá. Água parada, sem vento, ideal para os arremessos. Passando um pouco de tempo e batidas de iscas, nosso amigo Bruca fisga o primeiro, e o danado tinha um tamanho bom! Depois da primeira fisgada foi saindo uma série de peixes, era um festival pra todo mundo. Tamanhos médios, pequenos, "doubles" de Tucunas, trocávamos as iscas. Voltamos para o ponto de partida e a farra seguiu por umas três batidas no mesmo ponto, até acabar a festa. Ficamos espantados e parecia mesmo que tínhamos caído em cima de um cardume faminto. Aquilo ali ja valeu a visita!
Voltamos batendo os lugares até apoitar em um flutuante no meio do lago que fica beirando uma das ilhas. Nesse local os pescadores se encontram, e ali fizemos um churrasco, tomamos um banho para refrescar e voltamos ao batente da pescaria. Parece que aquela farra de boas vindas tinha queimado nossas oportunidades de fisgadas do resto do dia. A pescaria acalmou, era uma ou outra fisgada que aparecia. A noite chegou, cansados e de alma lavada com os Tucunas, colocamos a conversa em dia com um bom churrasco e muito viola.

Relato: Flávio Martins Santos

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