Kite Trip 2


 Estado: Rio Grande do Norte
 Locais: São Miguel do Gostoso e Galinhos
 Data: 08/09/2011

Chegou o verão, Nossa trip agora já tem endereço - o litoral norte do Rio Grande do Norte.
Desta vez o local foi São Miguel do Gostoso e de quebra Galinhos. Foram 15 dias de muito velejo e diversão. O primeiro dia em SMG foi de ventos mais fracos, ficando entre 16 e 18 knots, mas do segundo dia até o ultimo foi velejo de kite 8 e 9m.
Ventos acima dos 20 knots e para os que gostam de ondas não tinha os swells que sempre rolam, mais as marolinhas deu para fazer a cabeça de todos. Sempre no fim de cada dia a turma se reunia na pousada do Gostoso pra tomar umas, falar sobre kite e tocar um violãozinho.

O povoado de Gostoso foi fundado em 29 de setembro de 1884, exatamente, no dia dedicado a São Miguel pelo missionário frei João do Amor Divino. Nesse dia, segundo informações de moradores mais antigos da localidade, o missionário fincou na praia hoje denominada Maceió, um cruzeiro com o objetivo de marcar a data. Inicialmente o local do cruzeiro foi usado de forma improvisada para a celebração de missas, de batizados e de casamentos e posteriormente passou a ser utilizado como cemitério.
O nome Gostoso, segundo registros dos mais antigos, vem de um vendedor ambulante morador na localidade que pelo fato de viajar frequentemente, era considerado um homem bem informado sempre trazendo as notícias de outras regiões e as pessoas do povoado aguardando ansiosamente a sua chegada para se atualizarem das novidades. O fato é que o vendedor era um exímio contador de estórias, sempre acompanhadas de uma risada extremamente gostosa e contagiante. Devido a sua risada característica, o vendedor ficou conhecido por Seu Gostoso e rapidamente o nome gostoso passou a denominar o novo povoamento.
No dia 29 de setembro de 1899, o Sr. Miguel Félix Martins um dos primeiros moradores de Gostoso, inaugurou uma igreja em pagamento a uma promessa feita a São Miguel, que passou a ser o padroeiro da comunidade. Com a igreja e a crescente devoção ao santo padroeiro, o povoado foi sendo chamado, naturalmente de São Miguel do Gostoso.

GALINHOS
Uma Península com praias tranquilas, mangues, rio, recifes, dunas com lagoa salinas, passeio de barco, e um clima místico localizada no litoral Norte do Estado, a 166 quilômetros da capital. Galinhos tem 328 km, uma altitude média de 2 metros, clima árido, com temperatura média de 26 graus. Aqui encontram-se enormes extensões de praias desertas, com águas quentes e areias brancas muito finas, lindas dunas e manguezais. Passeios de barco pelo "Capim" e "Ilha da Coroa", passeios a pé, de cavalo, de jegue táxi, pesca e alguns desportos aquáticos como windsurf e kitesurf são alguns dos programas diários.
Se você está planejando uma viagem de kite para Nordeste do Brasil e você quiser desfrutar águas calmas, bom vento e pura tranquilidade, a opção é Galinhos, em minha opinião, deixa para trás lugares como São Miguel do Gostoso ou Jericoacoara, (por causa do fluxo constante e crescente de turistas nesses lugares que, mesmo sendo muito bonito e mereça ser visitado, perderam o ar primitivo de isolamento que um dia eles já tiveram), uns dos motivos deste isolamento começa na chegada, por terra por um veículo sem guia é quase impossível, você pode se perder centenas de vezes nas trilhas e dunas, muitos se enterram na areia.
Galinhos, simplesmente, onde o tempo parou. Nossa primeira visão de Galinhos foi de uma vila de pescadores com ruas de areia iluminada ordenada, limpa e silenciosa, algumas pessoas estavam sentadas na frente de suas casas, algumas crianças brincando e alguns casais passeando ao redor, todos os nossos equipamentos de kite foi feito por um táxi burro (burro puxando uma carroça pequena) em toda a aldeia para o outro lado da península em um passeio mt 500. Apenas o som das ondas pequenas quebrando na praia e as estrelas brilhando acima. Curtimos alguns dias Galinhos, muito kite, bons ventos, caminhadas ate o farol e um lugar paradisíaco, e que recomendamos aos amigos que curtem preços bons, comida boa e um belo mar.

Relato: Ricardo Campos

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