Serra da Mesa


 Região: Niquelândia - GO
 Local: Rancho do Hugo
 Data: 18/04/2008

Ir pescar na Serra da Mesa é sem dúvida uma aventura onde a experiência, a sorte, a paciência e a técnica são fatores predominantes. Desta vez partimos de volta para o rancho da Dona Preta e do nosso amigo Hugo que sempre nos recebem de forma bem calorosa e prestativa. Além de desfrutar e fisgar alguns Tucunarés, desta vez aproveitamos para juntar alguns amigos pescadores que há tempos vinham arrumando tal pescaria.

A PARTIDA E A RECEPTIVIDADE
Partimos de madrugada e desta vez fizemos outra rota, pois escutamos de vários amigos avisos que o trecho entre Brazlândia e Padre Bernardo está em péssimas condições e mesmo pegando mais ou menos uns 17km’s de estrada de terra seria melhor.
Chegamos a Niquelândia e logo o grupo se reencontrou, rumamos para o rancho, pois a vontade de pescar era grande. Camping arrumado, barco na água, tralhas prontas e todos partem para tentar as primeiras fisgadas. Nosso grupo estava dividido em 4 barcos e neste primeiro dia cada um tomou um rumo para a pescaria. À noite, como é de costume no rancho da Dona Preta, a farta e saborosa refeição é um convite para algumas repetições de prato e depois a boa viola embala a farra. Desta vez alguns companheiros ensaiaram um escambo de iscas artificiais, porém o ciúme em cima das iscas é tão grande que nada foi trocado. Também ficou combinado para o dia seguinte uma visita a Serra Negra.

A PESCARIA E SUAS TÉCNICAS
Logo pela manhã bem cedo o grupo tomou um café reforçado e partiu para a Serra Negra, outro grupo preferiu ir pescar atrás da Ilha Grande. Pescar é, como todo esporte, uma evolução de técnica e aprendizado. Quando um pescador quer aprender a utilizar equipamentos como carretilhas e iscas artificiais, sem sombra de dúvida a pescaria muda de tal forma que dependendo do sucesso do pescador em seu aprendizado, certamente iscas naturais serão pouco utilizadas. Aproveitando o convívio com outros pescadores que utilizam somente iscas artificiais, aproveitamos esta investida na Serra para aprimorar o manejo com elas e muitos partiram para a pesca 100% iscas artificiais.

Na volta da Ilha Grande encontramos com um dos barcos do grupo que tinha subido para a Serra Negra, este tinha retornado para buscar mais cerveja, pois o pessoal estava fazendo um churrasco nos pés da Serra Negra. Não pensamos duas vezes e partimos rumo a Serra Negra onde ficamos até o final do dia pescando, perto da Serra nosso amigo Joelson pegou o troféu da pescaria um digno bitelo, um bonito exemplar de Tucunaré Azul. Perto do rancho nos deparamos com a Toyota Bandeirante do nosso amigo LAPS atolada na beira do lago, mesmo botando fé em ter visto o companheiro que partiu sozinho um dia depois para a Serra não contemos em curtir com a cara dele pelo fato de estar atolado. Juntamos meia dúzia de amigos e fomos ajudar a desatolar a Band, utilizamos a técnica do macaco baiano e a S10 “Agunia” deu uma forcinha para tirá-lo do atoleiro. À noite não foi diferente, muito peixe assado, churrasco e a boa e velha viola animando o rancho.

No outro dia já no calor das 8 horas o rancho estava agoniado, era o tempo de tomar café e partir para a pescaria. Neste dia seguimos para baixo do rancho e batemos em vários pontos. No meu caso as iscas que fizeram mais sucessos foram a Flash Minow, a Baby Torpedo, Papa Black e Spock Junior. Na Serra da Mesa e em qualquer pescaria é comum pescadores perderem iscas e não se assuste caso encontre uma presa em alguma árvore. A farra foi mais forte nesta noite, já em ritmo de despedida a viola tocou até mais tarde e muitos ainda ficaram cantarolando e curtindo um bom peixe assado.
O último dia é sempre marcado com um ar de tristeza, desarmar acampamento, arrumar as tralhas, guardar tudo de novo e voltar a realidade. Porém quando temos um grupo animado, a curtição não permite que a tristeza abale a viagem, então resolvemos arrumar tudo, e resolvemos ficar curtindo mais o lago. Depois de horas chegou o momento do retorno, aí foi cada um por si e todos na esperança de se reencontrarem logo numa próxima pescaria!

Relato: Flávio Martins Santos

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