2º Preparatório


 Região: Fazenda Barra do Dia - GO
 Data: 26/01/2020

Costumamos dizer que é melhor você errar aqui nos treinos, preparatórios e simulados do que em uma atividade real. Com este ideal realizamos nossos treinos e preparatórios para longas caminhadas e travessias.
Iniciando o ano e com algumas boas e longas caminhadas em mente colocamos a prova um preparatório com um trekking bacana em uma região bem preservada pertinho de Brasília.
Mesmo com a chuva constante que já durava 3 dias, em um domingo bem cedo 20 corajos@s aventureir@s partiram para essa fazenda que é um dos nossos campos de teste e preparatório para quem curte este tipo de atividade.
Chegamos sem chuva e depois de um breve briefing partimos para a caminhada. Por conta das águas que desciam da Serra de Miguel Inácio e muito mato alto mudamos alguns trechos do percurso. Passamos pelo cerrado nativo, terrenos de cascalho solto que estava encharcado, atravessamos alguns grotões que formavam riachos e saímos lá perto da sede. Um pouco de estradão, companhia de pássaros como aquele casal de canário da terra que sempre faz pose ali perto do alambique e logo já estávamos entrando na área de pastagem.
Com uma quantidade de gado reduzida, a ausência de pisadas deixou a pastagem tomar conta da trilha e fomos usando aquela boa e velha cartografia mental.
Parada para olhar algumas espécies de plantas e aquelas cachoeiras que caiam para o vale vindo lá do alto da serra. Pisada firme e ainda nada da chuva que vinha cercando o grupo.
Parada no velho mangueiro, pausa para lanche, papo vai, papo vem e foi o tempo de um breve descanso para retornar a trilha. Trilha? Que trilha? Este trecho começou até bacana cortando o vale e subindo rumo aos morrotes, mas depois virou aquele típico vara-mato. Grupo foi bem firme, mato na altura do peito, espinhos, aranhas que afugentavam-se com a presença rara de humanos e na raça subimos então até o platô, ou o meio dos morrotes como chamamos.
Pausa pra respirar, olhar o vale a frente e seguir firme até o paredão das raízes. Aquela conversa e o alerta sobre as abelhas que ali sempre fazem morada. Depois foi entrar no estradão e a chuva veio chegando com uma garoa leve e logo deu uma engrossada das boas. Breve parada para colocar as capas de chuvas ou anoraques e seguimos em frente. A chuva fez que foi e só foi o tempo de alguns tirarem as capas ou seus anoraques e ela voltou. A boa e velha pegadinha do “tira capa – bota capa”.
Rapidinho voltamos a nossa base, ali fizemos nosso almoço, batemos aquele bom papo e pelo volume alto das águas abortamos a cachoeira. Segurança acima de tudo!

Sem dúvidas mais um domingo com uma experiência fora do convencional, afinal quem viu a região como o grupo viu, trilhando com a neblina e aquele verde que literalmente abraçou o grupo. Sempre firmes com aquela boa energia que essa galera carrega e que encontra na natureza o significado da palavra viver.
Obrigado a todos os participantes e corajosos que largaram o quentinho de suas camas e encararam este desafio. Vamos sempre em frente que o caminho é longo e é apenas o início do ano.

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+ informações: (61) 98232-7436


Relato: Flávio Martins Santos

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