Personal Trip


 Região: São Jorge - GO
 Locais: Saltos, Almécegas, Cristais, Cânions e +
 Data: 20/08/2018

Raramente uma Personal Trip vai ao ar, pois é um momento único e poucos desejam compartilhar suas experiências. Existem aqueles que de tão grandiosa foi sua trip que permitem que tentamos traduzir em imagens, relato e em vídeo um pouquinho daquilo que elas vivenciaram junto ao DOCERRADO.
A história dessas duas pessoas especiais começa assim...

Domingo 16/09 no horário combinado encontro com Tainá e Rubens no hotel em Brasília e partimos direto para a Chapada. Viagem tranquila e aquele visual que vai ficando cada vez mais belo a medida que se aproxima do nosso objetivo.
No caminho aquela apresentação obrigatória para quem vem pela primeira vez, o famoso Vale da Lua. À primeira vista sempre deixa todos boquiabertos com a beleza do local. Ao fundo a Serra do Segredo e o atrativo principal que são as formações rochosas do Vale que é recortado pelo Rio São Miguel. Horas ali curtindo as quedas e o poços até decidirem que já queriam um abrigo, um bom banho, e aquela saborosa refeição.
Chegamos em São Jorge e logo já partimos para deixar bagagens na pousada e as 17h como o combinado fomos curtir o pôr do sol fantástico no Mirante da Mandala. E que visual!
A primeira noite de apresentação desta simpática vila com um rolé a pé é lógico. Uma saborosa pizza, apresentação de cervejas locais e depois a hora de descansar, afinal amanhã vamos ter uma leve caminhada para conhecer outro local.

Segunda cedinho já encontro com os dois na pousada, garrafinhas de água e um lanche nas mochilas partimos para conhecer as duas belas cachoeiras, Almécegas 1 e 2.
Pegamos primeiramente a trilha para Almécegas 1, e ela sempre surpreende até quem já foi várias vezes. Aquela chegada pelo mirante é espetacular. No fundo do cânion o grande poço sempre com um arco-íris é mais que um convite para descer, e que belo poço! Ali merece um bom tempo para curtir, pode até um tirar cochilo em uma pedra quentinha depois de ter dado aquele mergulho na cachu.
Depois deste bom tempo subimos de volta e partimos para Almécegas 2. Rapidinho já estávamos lá, trilha curta, muito tranquila e vale a pena ir. Um belo poço e aquela queda que chamamos “dilado” faz uma seção de pedras boas para ficar ali deitado. Mais horas curtindo este recanto e então voltamos para nosso veículo.
Deste ponto já poderíamos voltar, mas rolou aquela boa surpresinha que geralmente fazemos, e fomos então pegar o fim do dia na Cachoeiras dos Cristais.
A parada para curtir o visual logo quando chega, aquele paredão da serra, o gramado com mesas e cadeiras é um convite para ficar ali, mas temos uma breve trilha até a última cachoeira. A pegada é essa, vai até o fim da trilha e depois volta curtindo cada poço, cascata e cachoeira, sempre sem pressa, tirando fotos e por fim saborear um bom rango na venda que além da boa estrutura é onde tem aquele visual bacana.
Depois deste dia cheio de cachoeiras, trilhas chega a hora de voltar para São Jorge, e a pedida mais uma vez foi voltar lá no Mirante da Mandala para pegar mais um por sol.

Terça feira e mais um dia na Chapada, desta vez partimos para o fabuloso Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros para realizar a trilha dos Saltos que para nós do DOCERRADO é trilha e passeio obrigatório para quem vem pela primeira vez na Chapada.
Partimos então para a trilha e Tainá e Rubens foram logo percebendo que o cenário do parque é bem diferente do dia anterior, afinal cada lugar aqui tem seu encanto. Durante a trilha aquelas explicações sobre plantas, pedras, formações, historias, animais, musica, "coisas sobre o Planalto Central, também magia e meditação"... e + outros assuntos até que chegamos então ao mirante da Queda de 120m.
Ali quando todos percebem a grandeza do salto fazem uma feição de admiração, em seguida um belo sorriso e então algumas palavras, como: “Nossa senhora!”, “Quequiéisso?”, “PQP!”, e outras. Ficamos ali fotografando, observando todo cenário e então rumamos para a Queda de 80m e seu majestoso poço.
Ir para a Queda de 80m e não ficar no mínimo 1h curtindo o poço não vale a pena. É um dos maiores poços e belos sem sombra de dúvidas. Aproveite e descanse um pouquinho, a volta é uma subidinha boa até o platô. De lá em diante é plano rumando até as Corredeiras, mas espera que no meio do caminho lá estava ele, o recém-inaugurado Carrossel!!
A trilha até o Carrossel é perfeita, mais uma vez o ICMBIO e voluntários mandaram muito bem no trabalho. O caminho vai beirando um cânion bem alto, lá em baixo o Rio Preto forma cada poço, quedas o visual é animal, e fica melhor ainda quando chega ao mirante deste espetacular lugar. Que visual!!
A descida até as quedas é obrigatória, a queda do Carrossel leva este nome pelo fato de você pular no poço, a correnteza te leva e de forma circular lhe devolve até onde você pulou. Acima uma queda faz um poço grande, geralmente a maioria das pessoas ficam neste. O lugar realmente é muito lindo, e fica na lista dos locais obrigatórios da Chapada.
Depois de um bom tempo no Carrossel tocamos em frente até as Corredeiras, lugar sossegado, piscinas, poços, cascatas e apenas 2,9Km da saída do PNCV é o local ideal para encerrar esta trilha.
Mais uma noite em São Jorge e a última, então curtimos até um pouquinho mais tarde.

Quarta e o último dia, a pegada hoje foi voltar ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e fazer o outro lado, a trilha dos Cânions e de brinde a bela Carioquinhas (veja os relives destas trilhas).
Trilha bacana e o clima ajudou os caminhantes, algumas nuvens nos protegeram do sol e rapidinho chegamos no Cânion 2. Ali também é um lugar que dá um “espanta” em que chega pela primeira vez. O cânion faz uma garganta onde o Rio Preto é afunilado, gerando uma força e um som animal. Ficar lá tirando fotos é obrigação, a sequência de quedas até o poço é digna de um bom tempo de admiração. Descemos então até o poção e ali ficamos dividindo o tempo entre tomar banho e secar-se ao sol.
Pé na trilha, e fomos para as Carioquinhas. Outra que quando está descendo tem uma paradinha estratégica para deslumbre do local. As quedas formas dois grandes poços, e abaixo destes seguindo o Rio Preto existe outros poços bons para ficar curtindo.
Pena que sempre tem a hora de ir embora, e com uma boa despedida o trio deu aquela última olhadinha para o PNCV e disse um “Até breve!”.

Depois do saboroso almoço, um banho, arrumar as coisas e pegar estrada. Viagem rápida quando a conversa é boa e logo já estávamos em Brasília.
A despedida em um restaurante tradicional da cidade onde agradecemos à Tainá Ostrowska e Rubens Furlan pela confiança e consideração no nosso serviço, e mais ainda pela boa energia durante toda nossa trip. Como dizemos no DOCERRADO, "pessoas boas atraem boas pessoas". Voltem sempre!!


Relato: Flávio Martins Santos

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