2º Camping Kids e Travessia da Serra


 Região: Fazenda Barra do Dia - GO
 Data: 09/06/2018

Final de semana voltado para aquele isolamento no meio do mato, um camping com estrutura básica, uma cozinha bem simples com alguns utensílios, fogão, uma grande mesa de madeira para um rango comunitário e o melhor de tudo é não ter energia, internet e nem sinal de celular.
Ideal para levar a criançada para experimentar desafios como fazer uma fogueira, cortar lenha, uma caminhada noturna para ver as estrelas, tomar banho de cachoeiras e em poços de águas límpidas sempre percorrendo trilhas seguras. Sem falar na observação de pássaros, de insetos, peixes, girinos, plantas, animais, perguntar e questionar para os adultos tudo aquilo que cerca aquelas pequenas cabecinhas pensantes, olhares espertos e curiosos. Viver novas experiências abre a mente da molecada e o interesse em explorar ainda mais o nosso mundo em meio q natureza e o nosso riquíssimo cerrado!

Grupo formou o comboio e logo chegamos na fazenda, antes de ir para a área do camping um breve papo sobre os cuidados, montagem das barracas, responsabilidades e aquele espirito campista: “Todos se ajudam, um cuida do outro e a coletividade é fundamental”.
Camping montado, um grande grupo partiu para aproveitar a oportunidade de ir se refrescar na piscina e também na Cachoeira da Porteira. Já quem foi realizar a Travessia da Serra Miguel Inácio, percebeu logo de cara o pouco número de participantes apontava que aquilo tinha cara de uma boa roubada.

Enquanto outros curtiam a água gelada, eu e Paula Faure, Fernanda Assuiti e Felipe Garcia iniciamos a caminhada. O aviso foi que a trilha seria uma Exploratória e que os erros e acertos nos caminhos poderiam acarretar no fracasso de não conseguir sair do outro lado da Serra, o que chamamos de Travessia da Serra. Com um “track” traçado fomos caminhando por um trilheiro de animais, e logo chegamos no pé da Serra e iniciamos a subida que até os 2 primeiros quilômetros que tem uma inclinação forte, mas o visual faz muito valer a pena. Parada breve e voltamos a caminhar, e podemos falar que a trilha é só subida. Quando ela desce já é na pastagem que nos leva de volta a sede da Fazenda. Pesada, trilha com vara mata, tivemos que avaliar grotas e rotas alternativas, abrir caminho, mas chegamos onde queríamos. A descida é pesada, pedras soltas e a essa hora o sol castigou bastante, realizamos duas paradas breves na descida por conta do calor, mas conseguimos realizar o objetivo.
Chegamos na pastagem ainda tinha uma caminhada de volta até a sede, mas o ânimo já estava alto, todos pensando em um açaí, água gelada, aquela coca cola trincando e depois um mergulho na piscina. A trilha levantada tem seus 12.2Km´s, e não é recomendada para iniciantes e também sem alguém que conheça, tem locais que não existem trilhas e grotas sem passagens. Este foi o primeiro grupo a realizar esta trilha por esta rota, agradecemos aos participantes pelo empenho, coragem e somos os pioneiros desta Travessia.
Depois da parte pesada encontramos o grupo na piscina, aquela água gelada fez muito bem aos músculos e para matar aquele calor que castigo muito na trilha. Retornamos ao camping e já tinham duas fogueiras acessas, uma para o chuveiro e outra para a criançada dar aquela assada nos marshmallows.

A noite caiu, churrasco, muita conversa e gargalhadas, uma trilha curta para a criançada observar o céu estrelado que estava fantástico. Alguns aos poucos foram indo dormir, outros permaneceram até tarde e foram vencidos pelo sono.
O outro dia o café foi sendo preparado e todos na grande mesa foram sentando aos poucos. O dia foi livre, sem atividade nenhuma e quase todos partiram para curtir a cachoeira da Lydia e os poços que ficam pelo caminho. A criançada como sempre sem medo da água gelada já partiram para o mergulho, já os adultos muitos demoraram um bom tempo para entrar na água. A curtição foi até mais tarde, ainda fizemos um almoço com um churrasco, e depois foi só desmontar o acampamento, guardar as tralhas e voltar para a cidade.

Experiência fantástica, e a prova disso tudo foi no final ver nosso “chaveirinho” ou “mascote” do camping, Estêvão de 5 anos, chorando para não ir embora.
Agradecemos a todos pela confiança, e em levarem as crianças para este tipo de acampamento. Para os corajosos da trilha e também para todos aqueles que coloram a coletividade em primeiro plano, e o resultado é sucesso. Acreditamos que este camping ficará na memória dos pequenos para sempre. Obrigado!


Relato: Flávio Martins Santos

> Aventuras > Nº126